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Dar a César o que é de César!

Publicada em: 28/10/2025 20:29 -

Foi Jesus quem nos traçou a obrigação de dar a César o que é de César, como sempre fazia em todas as oportunidades que teve, imprimia ao ensinamento uma significação muito mais profunda. É comum recordamos essa assertiva do Mestre, fixando nossa atenção no fato de que se trata de assunto exclusivamente relativo ao pagamento de impostos.

“A questão proposta a Jesus era motivada pela circunstância de que os judeus, abominando o tributo que os romanos lhes impunham, haviam feito do pagamento desse tributo uma questão religiosa. Numeroso partido se fundara contra o imposto. O pagamento deste constituía, pois, entre eles, uma irritante questão de atualidade, sem o que nenhum senso teria a pergunta feita a Jesus: ‘É-nos lícito pagar ou deixar de pagar a César o tributo? ’ Havia nessa pergunta uma armadilha. Contavam os que a formularam poder, conforme a resposta, excitar contra ele a autoridade romana, ou os judeus dissidentes. Mas ‘Jesus, que lhes conhecia a malícia’, contornou a dificuldade, dando-lhes uma lição de justiça, com o dizer que a cada um seja dado o que lhe é devido. (Veja-se, na Introdução, o artigo ‘Publicanos’)” (1)

Dessa forma, só destacamos mentalmente o brilho pessoal daqueles que exercem o poder representativo da governança para observarmos quase sempre o aspecto negativo no solo arenoso da crítica e da maldade.

Se prestássemos a devida atenção e fizéssemos uma singela reflexão, reconheceríamos sem dificuldade que César é simples legenda que representa os muitos deveres de nosso espírito, quando encarnado, junto da terra que nos oferece o santuário do berço.

Precisamos entender que César exprime a opção de vida que nos garante a tranquilidade; a justiça que nos faculta respeito; a dedicação ao trabalho que nos assegura a bênção do pão; a disciplina que nos solicita a boa convivência doméstica; e, principalmente a observação e a prática das leis que regulam os direitos e deveres de todos, nas variadas sociedades do mundo, dentro da dignidade recíproca, na qual, o cumprimento fiel de nossas obrigações nos assegura o direito à verdadeira ascensão moral e espiritual.

“Esta sentença: “Dai a César o que é de César”, não deve, entretanto, ser entendida de modo restritivo e absoluto. Como em todos os ensinos de Jesus, há nela um princípio geral, resumido sob forma prática e usual e deduzido de uma circunstância particular. Esse princípio é consequente daquele segundo o qual devemos proceder para com os outros como queiramos que os outros procedam para conosco. Ele condena todo prejuízo material e moral que se possa causar a outrem, toda postergação de seus interesses. Prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja que se respeitem os seus. Estende-se mesmo aos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, tanto quanto para com os indivíduos em geral.” (2)

Urge entendermos, dessa forma, que os pagamentos dos tributos devidos aos cofres públicos representam nosso dever de cidadãos, para com as leis que regem a sociedade em que nos movimentamos e são indispensáveis para que realizemos a recomendação do Senhor. Representam também o zelo e a abnegação que precisamos ter na garantia dos bens que desfrutamos na experiência comum.

Dar a César o que é de César, precisa ser entendido como cumprir nossas obrigações de cidadãos, fazendo a parte que nos compete na prática do “amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”, conforme recomendação de Jesus.

Francisco Rebouças

Referências Bibliográficas:
(1) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo – FEB, 112ª edição – Cap. XI, item 6;
(2) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo – FEB, 112ª edição – Cap. XI, item 7.

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